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Por que este gráfico retrata uma revolução

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Nada como uma boa imagem para facilitar o entendimento de alguns fenômenos. Pois o gráfico acima esclarece por que o shale gas (gás de xisto) desencadeou uma revolução energética nos Estados Unidos. Com o boom do shale, o preço do gás natural, o principal insumo para indústrias como a química e a petroquímica, desabou dos US$ 13 em meados de 2008 para US$ 4 no fim de 2013. Observe-se que chegou a US$ 2 no início de 2012. Em contrapartida, deu-se o inverso no Brasil. Aqui, o preço decolou quase sem titubear, comprometendo a de forma crítica competitividade das empresas nacionais.

A partir de 2012, contudo, percebe-se um estreitamento do vão que se abria entre as duas linhas. Essa poderia ser uma boa notícia. Indicaria que o custo desse importante insumo estaria em queda no Brasil — e aumentando em um país concorrente . Bobagem. Melhor parar de sonhar. De acordo com a economista Fátima Giovanna, diretora de Economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) a redução do valor nacional reflete tão somente a valorização do dólar. Como o preço no Brasil é definido em reais, ao convertê-lo para dólares, registra-se a queda. Por outro lado, o leve aumento de preço nos Estados Unidos é resultado da chegada do inverno, quando a demanda por gás natural aumenta. Em suma, a situação não tende a melhorar para a indústria nacional.

Na verdade, ocorre o contrário. A tabela traz valores que os técnicos definem como “City Gate”, cobrados na porta da cidade. Ou seja, antes da incidência de impostos e do acréscimo da margem das distribuidoras. Em janeiro, o gás natural nos Estados Unidos custava US$ 5 na “porta da cidade” e entre US$ 5,5 e US$ 6 para o consumidor. No Brasil, estava em US$ 8 antes dos tributos e da margem, mas alcançava entre US$ 11 e US$ 12 por MBTU (milhão de British Thermal Units) no fim da linha. Ou seja, a situação só piora. E uma disparidade dessa grandeza não reflete somente na perda da competitividade das empresas brasileiras. “Os Estados Unidos estão atraindo o grosso do investimento global da indústria química e petroquímica”, diz Fátima, da Abiquim.

 


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